domingo, 9 de outubro de 2011

Sócrates e os Sofistas

Sócrates, o mestre de Platão.
Origem: Wikipédia - Texto verificado por Edson Menezes.


Sócrates (em grego antigo: Σωκράτης, transl. Sōkrátēs; 469–399 a.C.[1]) foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. As fontes mais importantes de informações sobre Sócrates são Platão, Xenofonte e Aristóteles (Alguns historiadores afirmam só se poder falar de Sócrates como um personagem de Platão, por ele nunca ter deixado nada escrito de sua própria autoria.). Os diálogos de Platão retratam Sócrates como mestre que se recusa a ter discípulos, e um homem piedoso que foi executado por impiedade. Sócrates não valorizava os prazeres dos sentidos, todavia se escalava o belo entre as maiores virtudes, junto ao bom e ao justo. Dedicava-se ao parto das idéias (Maiêutica) dos cidadãos de Atenas, mas era indiferente em relação a seus próprios filhos.



Vamos ver um vídeo que retrata um pouco mais da vida e dos pensamentos de Sócrates:




Os opositores de Sócrates:

Texto I:
Origem: Wikipédia - Texto verificado por Edson Menezes.
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.
Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.) estão entre os primeiros sofistas conhecidos. Protagoras foi o primeiro sofista a aceitar dinheiro (pagamento) dos seus ensinamentos
Diversos sofistas questionaram a propalada sabedoria recebida pelos deuses e a supremacia da cultura grega (uma idéia absoluta à época). Argumentavam, por exemplo, que as práticas culturais existiam em função de convenções ou "nomos", e que a moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos, inclusive, por aqueles que se diziam amar a sabedoria: os filósofos gregos.
A conhecida frase "o homem é a medida de todas as coisas" surgiu dos ensinamentos sofistas. Uma das mais famosas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser contraposto por outro argumento, e que a efetividade de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.
Os Sofistas foram os primeiros advogados do mundo, ao cobrar de seus clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de argumentação. São também considerados por muitos os guardiões da democracia na antiguidade, na medida em aceitavam a relatividade da verdade. Hoje, a aceitação do "ponto de vista alheio" é a pedra fundamental da democracia moderna.


Texto II:
Os Sofistas – por Émile Bréhier


Sofística era originalmente o termo dado às técnicas ensinadas por um grupo altamente respeitado de professores retóricos na Grécia antiga. O uso moderno da palavra, sugestionando um argumento inválido composto de raciocínio especioso, não é necessariamente o representante das convicções do sofistas originais, a não ser daquele que geralmente ensinaram retórica. Os sofistas só são conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas.

A sofística, ocorreu nos últimos cinquenta anos do século V, não se configura como uma doutrina, mas antes como uma forma de ensinar. Os sofistas são professores que vão de cidade em cidade procurando audiência e que, por um preço conveniente, ensina-a a se destacar, através de lições de ostentação e de vários cursos e métodos cujo objetivo é tornar vencedora uma tese que eles querem que seja aceita. A pesquisa e promulgação da verdade é substituída pela busca do sucesso, baseando-se na arte de convencer, de persuadir e de seduzir. É a época onde a vida intelectual – cujo centro está na Grécia continental, toma a forma de competição e de jogo – uma forma polêmica, muito familiar à vida grega. Tratam-se apenas de teses defendidas ou combatidas pelos antagonistas, os quais um juiz soberano – quase sempre o público – determina um preço. Aristófanes nos mostra este debate entre a tese justa e injusta acontecendo . “Quem é ?” , pergunta o justo. – Uma tese. – Certo, mas inferior à minha. – Você se pretende superior a mim, mas eu tenho a vitória. – Que habilidade você tem, então? – Invento razões novas.” Eurípedes descreve em Antíope este debate sobre o ideal de vida entre o amigo das musas e o homem político. Platão por outro lado, nos mostra Sócrates se esquivando destas competições; no Protágoras Hipías tenta, em vão, promover um debate deste gênero entre Sócrates e Protágoras; no Górgias Cálicles, que mais adiante pronuncia um discurso em favor da justiça natural, se queixa que Sócrates quebra as regras do jogo ao não respondê-lo e fazendo um outro discurso (1). Havia ali uma preocupação da audiência, que conhecíamos mal até agora. O filósofo não revela mais a verdade, mas a sugere e se submete de antemão ao veredito do auditório. Este é um aspecto que permanece: depois da época dos sofistas, tenta-se a missão de definir o filósofo em oposição ao orador, ao político, ao sofista – ou seja, a todos que se dirigem ao público.(2)
Nestas condições, o principal valor intelectual é a erudição que o homem de posse de todos os conhecimentos úteis a seu propósito reúne e a virtuosidade que lhe permite escolher seus temas com o propósito de apresentá-los de maneira cativante. Daí duas características essenciais do sofista: por um lado são os técnicos que se vangloriam de conhecer e ensinar todas as artes úteis ao homem; por outro são mestres da retórica que ensinam como capturar a simpatia da platéia.


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